À medida que a pandemia entra em seu 3º ano, mais chineses dizem que preferem economizar do que gastar

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Enquanto a China continental enfrentava sua pior onda de Covid-19 desde o choque inicial da pandemia, uma pesquisa do banco central descobriu que mais chineses queriam economizar dinheiro do que gastá-lo ou investi-lo.

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PEQUIM - Os consumidores chineses estão se tornando mais cautelosos do que estavam perto do início da pandemia, de acordo com uma pesquisa do Banco Popular da China divulgada nesta quarta-feira.

Em vez de gastar ou investir seu dinheiro, mais chineses queriam economizar nos primeiros três meses de 2022, mostraram os resultados da pesquisa trimestral.

Os entrevistados que disseram estar mais inclinados a economizar no primeiro trimestre subiram para 54.7% - o maior número registrado desde o terceiro trimestre de 2002, de acordo com dados acessados ​​por meio da Wind Information.

Nas últimas semanas, a disseminação da variante omicron altamente transmissível nas principais áreas econômicas, como Shenzhen e Xangai, interrompeu os negócios e a vida cotidiana com bloqueios e quarentenas.

À medida que a Covid-19 entra em seu terceiro ano, há sinais de que as autoridades chinesas estão mudando sua narrativa da manutenção de uma política tão rigorosa de Covid-XNUMX para “uma abordagem mais pragmática”, disse Carlos Casanova, economista sênior da Ásia do UBP, na quinta-feira na CNBC. Conexão Capital”.

Mas ele não espera que essas mudanças ocorram até o segundo semestre do ano, disse Casanova. Sua empresa está cortando sua previsão do PIB da China para o segundo trimestre, disse ele, sem especificar um número.

Embora a pesquisa do banco central tenha constatado que a parcela de entrevistados que queria gastar dinheiro no primeiro trimestre caiu para 23.7%, esse nível foi apenas o mais baixo em um ano, mostraram dados acessados ​​por meio do Wind. Um 22% ainda menor havia manifestado interesse em gastar durante o pior da pandemia no primeiro trimestre de 2020.

A educação foi a principal categoria na qual os consumidores chineses planejaram aumentar seus gastos nos próximos três meses. A pesquisa do PBOC descobriu que 28.9% expressaram essa intenção – acima dos 27.2% no quarto trimestre do ano passado.

E, apesar das dificuldades do setor imobiliário da China, a parcela de entrevistados que planeja comprar uma casa permaneceu a mesma nos dois trimestres, em 17.9%, segundo a pesquisa.

Menos interessados ​​em comprar ações

Enquanto planejavam reduzir os gastos, os consumidores chineses disseram que também não estavam inclinados a investir seu dinheiro.

A parcela de entrevistados que desejam investir caiu para 21.6%, a menor já registrada desde o primeiro trimestre de 2009, segundo a Wind.

O apetite para investir em ações foi o mais baixo entre as três categorias de investimento listadas, e a parcela de entrevistados que deseja comprar ações caiu para 16.2% no primeiro trimestre – abaixo dos 17.3% no trimestre anterior, mostraram dados da pesquisa.

O PBOC disse que sua pesquisa trimestral, realizada desde 1999, cobriu 20,000 pessoas com depósitos bancários em 50 cidades de grande, médio e pequeno porte do país.

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